
Durante a semana recebi um e-mail falando da proibição pelo STF da importação de pneus usados.
Não me iludo com a justificativa de que estão fazendo para proteger o meio ambiente. Nem com as declarações que diminuir as importações acarretará em demissões.
O que vejo é que o mercado europeu para reduzir o custo de disposição de resíduos, encontrou no Brasil um mercado para venda.
Meio ambiente: Sob o ponto de vista local, é bom para a Europa que dispões seus resíduos e bom para o Brasil que produz menos pneus, sob ponto de vista global é bom para todos que reduz a quantidade de pneus fabricados no mundo, o que deveria ficar acertado é que depois de utilizado o fabricante, europeu se responsabilizasse pela disposição final. Hoje existem estudos para reutilização e reciclagem de pneus, entretanto muitos pneus são queimados, ou dispostos inadequadamente criando focos para vetores de doenças, inclusive a dengue.
Social: Se diminuir o comércio de importados, aumentará o comércio de nacionais, e a mão de obra migrará naturalmente, sem um impacto significativo.
Financeiro: a grande questão é a falta de maturidade dos empresários que levam a risca a lei de oferta e procura. Sem concorrência do importados, aumentará a demanda por pneus nacionais o que trará um aumento no preço, sendo que a população mais pobre que utiliza o pneu importado terá ainda mais dificuldade para adquirir pneus, o que pode aumentar inclusive o número de acidentes aumentando o custo para o pais..
Em meio ambiente existem três esferas de ação:
local, delimitado pelo horizonte, acender uma fogueira a fumaça vai atingir aquela área.
regional, delimitado pelas fronteiras: a poluição de um rio em um estado mata peixes em outro estado;
Global: emissões de carbono, alteram a temperatura em todo o planeta.
Isso explica a expressão agir local pensando globalmente, assim a importação de pneus sob o ponto de vista global é interessante, desde que haja cooperação na disposição final.

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